segunda-feira, 19 de outubro de 2009


Nosso presente é fruto do nosso passado.
Colheremos amanhã o fruto do que estamos plantando hoje.
Portanto, prestemos atenção no tipo de semente que estamos plantando.
Salette & Ruggeri (2007, p.35 )


Uma breve reflexão da minha atuação como formadora “GESTAR II “
Muitas vezes inquieto-me com os entraves que atrapalham o desenrolar das atividades . Desde os de origens técnicas até os burocráticos .
Planejo as oficinas com antecedência, pesquiso e organizo todo material que acho necessário para que no dia determinado tudo saia perfeito . Algumas vezes a tecnologia falha, eu me atrapalho, alguns professores faltam ao encontro e por aí vai.
Surgem então as minhas inquietações: Será que as oficinas oferecidas não estão atendendo às necessidades dos professores? E outras dúvidas.
Sempre que terminam os encontros, peço para que os professores avaliem e façam sugestões para os próximos. Daí é que planejo outras oficinas. Infelizmente nem tudo dá certo. E na tentativa desses acertos muitas vezes cometo exageros. Uma dúvida cruel me inquieta: O que fazer para acertar?
Se depender do meu querer os resultados serão os melhores possíveis. Pois entrego-me de corpo , alma e vontade.

O Embarque de Ana no Mundo Letrado


Sou a segunda filha de uma família de sete filhos. Meus pais, pessoas simples com pouca escolaridade. Meu pai era motorista particular e minha mãe do lar. Meus pais estudaram até a quarta série primária. O meu pai sempre gostou de ler, já a minha mãe não era muito da leitura.
A minha convivência com livros e revistas, iniciou dos três pra quatro anos de idade. Como eu sempre fui curiosa, abria as revistas e jornais que meu pai trazia para casa. Ainda lembro que ele gostava de ler as revistas “O Cruzeiro”, que eu folheava e muitas vezes perguntava o que estava escrito. Quando eu fiz cinco anos, fui matriculada no jardim da infância, nesta escola eu estudava em uma cartilha que para cada letra do alfabeto era representado por um animal. Em casa a minha mãe me ensinava a lição e muitas vezes eu esquecia. A professora que não era muito paciente batia a minha cabeça na parede. Certo dia quando a professora estava revisando os livros, percebeu que a minha cartilha faltava a página da letra “S”, ela me perguntou o que eu havia feito da página. Eu respondi que havia rasgado, pois tinha muito medo do sapo. Ela quase rasgou a minha orelha de um puxão. Só me alfabetizei aos dez anos quando já cursava a terceira série.
Já na adolescência , quando cursava a quinta série , gostava de ler gibis e alguns livros de contos de fadas. Leitura que até hoje gosto de fazer. Ainda na fase do ginásio eu fazia as leituras que a professora de Língua Portuguesa indicava a cada semestre, os chamados paradidáticos. No final dessas leituras a professora pedia para se preencher uma ficha de leitura que acompanhava o livro, e assim foi que li os clássicos da literatura brasileira, como: Helena, Iracema, Dom Casmurro, A Viuvinha e outros. Atividades completamente mecânicas.
No segundo grau as leituras eram voltadas pro vestibular. A professora indicava o livro e em determinada aula os alunos eram sabatinados. Eu achava a leitura chata e monótona.
Nesta época o que eu mais gostava de ler era as revistas Sabrina e Júlia, onde eu viajava para o Caribe, Egito e tantos lugares exóticos.
A escrita utilizada na escola era um treinamento de redação, tudo que o vestibular exigia.
Na faculdade iniciei pelos “Os Lusíadas” Luiz de Camões, li sem prazer, logo vieram “Os Sermões da Montanha” de Padre Antonio Vieira, os quais eu lia e me deliciava.
Atualmente leio uma diversidade de gêneros textuais, alguns para desenvolver atividades relacionadas à minha profissão e outros para me divertir e viajar como fazia na adolescência. E quando a leitura é boa eu indico para meus amigos e alunos.
Todo professor precisa gostar de ler, para se atualizar-se. O professor deve influenciar seus alunos, deixá-los curiosos e tentar desenvolver neles o hábito da leitura.
Todo professor precisa gostar de ler, seja para se atualizar ou se divertir. Ele necessita da leitura para influenciar seus alunos, deixá-los curiosos e desenvolver o hábito de ler.

Ana Maria Oliveira de Paula, nasci em Recife no ano de 1957.
Passei parte da minha infância no município de Ipojuca, onde iniciei os meus estudos. Em 1963 voltei a morar em Recife. Fiz o segundo grau e parti para realizar meu sonho de cursar uma faculdade. Até então eu não havia definido que carreira seguir.
Em 1980, finalmente decidi ser professora de Língua Portuguesa. Estudei na UPE conclui o curso em 1985. Nesta época eu já ensinava nas séries primárias de uma escola particular. Daí surgiu oportunidade para lecionar na escola pública. Atividade que até hoje eu faço com muito prazer.
Após alguns anos de sala de aula no município do Cabo de Santo Agostinho, fui agraciada com uma bolsa de estudos, para fazer pós- graduação em Avaliação em Língua Portuguesa na UFPE, (2000/2001).
Em 2003, iniciei minhas atividades com técnica em avaliação no Núcleo de Avaliação do Cabo de Santo Agostinho (NAEC). Também desenvolvo um trabalho de formação para professores, voltado à melhoria dos resultados das avaliações oficiais.

domingo, 18 de outubro de 2009

Algumas considerações sobre a Avaliação Diagnóstica de Entrada

A Avaliação Diagnóstica foi aplicada nas minhas turmas de 6º e 7º ano, da Escola Gregório Bezerra, localizada na Ilha de Santana, sem número, na cidade de Olinda. Considerei o tipo de Avaliação apresentada pelo projeto GESTAR II de nível muito alto para a realidade dos alunos da minha escola, levando em conta os textos trabalhados por mim, e nos livros didáticos utilizados por eles.

Busquei estimular nos alunos do 6º e 7º ano, em primeiro lugar, a sensibilidade para a leitura numa tentativa de mostrar-lhes não apenas os recursos utilizados pelos autores dos textos, mas a intenção deles ao utilizarem determinados recursos.
Os alunos sentiram dificuldades nas informações explícitas e implícitas, tanto no que diz respeito ao emprego de certas palavras nunca vistas por eles, mas também pela falta do hábito de reflexão e saber relacionar os fatos apresentados em cada texto.

As dificuldades nas duas séries forma iguais, e os alunos não souberam associar as diferentes estratégias; sentiram problemas em reconhecer o narrador do texto, na expressividade dos recursos linguísticos e extralinguísticos e na identificação dos vocábulos que tinham a mesma referência.

Já na relação de comparação de características e finalidades do texto, e na relação entre informações em um mesmo texto, observei uma resposta bem positiva de ambas as séries. A respeito dessas últimas observações, posso dizer que o percentual avaliado foi de 85% de aproveitamento dos alunos.
Espero que a próxima avaliação tenha um melhor resultado.


Meu nome é Ângela Cristina Fernandes Costa e sou Professora Cursista da Prefeitura de Olinda.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009


Aos meus queridos formadores, colegas nessa tão nobre profissão: PROFESSOR!


Ser professor é professar a fé e a certeza de que tudo terá valido a pena se o aluno sentir-se feliz pelo que aprendeu com você e pelo que ele lhe ensinou...
Ser professor é consumir horas e horas pensando em cada detalhe daquela aula que, mesmo ocorrendo todos os dias, a cada dia é única e original...
Ser professor é encontrar pelo corredor com cada aluno, olhar para ele sorrindo, e se possível, chamando-o pelo nome para que ele se sinta especial...
Ser professor é entrar cansado numa sala de aula e, diante da reação da turma, transformar o cansaço numa aventura maravilhosa de ensinar e aprender...
Ser professor é envolver-se com seus alunos nos mínimos detalhes, vislumbrando quem está mais alegre ou mais triste, quem cortou os cabelos, quem passou a usar óculos, quem está preocupado ou tranquilo demais, dando-lhe a atenção necessária...
Ser professor é importar-se com o outro numa dimensão de quem cultiva uma planta muito rara que necessita de atenção, amor e cuidado.
Ser professor é equilibrar-se entre três turnos de trabalho e tentar manter o humor e a competência para que o último turno não fique prejudicado...
Ser professor é ser um "administrador da curiosidade"de seus alunos, é ser parceiro, é ser um igual na horade ser igual, e ser um líder na hora de ser líder, é saber achar graça das menores coisas e entender que ensinar e aprender são movimentos de uma mesma canção: a canção da vida...
Ser professor é acompanhar as lutas do seu tempo pelo salário mais digno, por melhores condições de trabalho, por melhores ambientes fisicos, sem misturar e confundir jamais essas lutas com o respeito e com o fazer junto ao aluno.
Perder a excelência e o orgulho, jamais!
Ser professor é saber estar disponível aos colegas e ter um espírito de cooperação e de equipe na troca enriquecedora de saberes e sentimentos, sem perder a própria identidade.
Ser professor é ser um escolhido que vai fazer"levedar a massa" para que esta cresça e se avolume em direção a um mundo mais fraterno e mais justo.
Ser professor é ser companheiro do aluno, "comer do mesmo pão", onde o que vale é saciar a fome de ambos, numa dimensão de partilha...
Ser professor é ter a capacidade de "sair de cena, sem sair do espetáculo".
Ser professor é apontar caminhos, mas deixar que o aluno caminhe com seus próprios pés...

Com carinho Aya

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Diversidade Cultural, tradição popular

"Trabalhei nas 5ª séries os aspectos socioeconômicos e culturais sobre a cidade de Santa Cruz. Levei textos relacionados à preservação das cidades. Visitamos alguns pontos turísticos como a igreja, o Cruzeiro da Serra de Frei Damião (conhecido como Morro da Cruz); levei algumas fotos das festas como o "Encontro Musical", "Feira de Caprinos e Ovinos", dentre outras. Confeccionaram cartazes relatando a cultura, as festas, destacando também a religiosidade". Jackson Amorim.

Santa Cruz maravilhosa
De povo trabalhador
Andando pelo caminho
Com paz, fé e amor.

Santa Cruz é uma cidade
De muita tradição
Tem festa no espaço dez
E quadrilhas de São João.

A festa da cidade
Vamos todos comemorar
De bandeira na mão
Vamos o hino cantar.

É tempo de Romaria
Todos juntos vamos rezar
Na subida do morrinho
A cruz vamos venerar.

Joyce Vanessa - 8ª E - Escola Anselmo Cordeiro Guimarães (Profª Cláudia)

Mais produções dos alunos visiste o blog procurando acertar.
Betânia (formadora)

terça-feira, 13 de outubro de 2009

"Vou-me embora pra Pasárgada": variações sobre um mesmo poema

ESCOLA CORONEL JOSÉ DOMINGOS
Profª June Travassos
Alunos: Arlindo, Jonatan, Manoel (8ª B/ 9º Ano)

Vou-me embora pra Lan House
Lá estão meus amigos
Lá tem o jogo que eu quero
No computador que eu escolhi
Vou-me embora pra Lan House

Vou-me embora pra Lan House
Lá me sinto feliz
Lá o jogo é uma aventura
De um modo incomparável

Esse jogo é viciante
Vendi até minha bicicleta
Para poder jogar
Levei uma pisa do meu pai
Minha mãe não parava de reclamar
Nem por causa disso parei de jogar
Vou-me embora pra Lan House

Na Lan House tem quase tudo
Lá tem promoção
Bota 2 horas e ganha 1 hora
Lá só não é seguro
De impedir os ladrões

Quanto eu estou sem fazer nada
Bate logo aquele vício
Uma vontade de ir jogar
Lá estão meus amigos
Lá tem o jogo que quero
No computador que escolhi
Vou-me embora pra Lan House



ESCOLA MONSENHOR FABRÍCIO
Profª Andrea Araújo
Aluno: Denis Rodriguês (5ªB/ 6º Ano)

Eu entendi que esse homem é muito louco, não sei se ele bebeu cachaça ou é drogado. Eu acho que ele é muito “aventurante”. Lá na sua terra eu acho que ele forte porque ele faz ginástica e amonta num burro brabo aí já quer demais ele levar um coice, “dá certinho”!
Mas o que mais me chamou atenção foi a história de assubir num pau-de-sebo. Elá na sua terra essa história eu acho que pega mal.
Ele ficou com essa fama lá: "pega-pau".


Os textos acima são o resultado da Lição de Casa (TP 1) aplicada pelos professores Cursistas com seus alunos do 6º ao 9º Ano da Prefeitura de Olinda. Há outros textos disponíveis em http://www.oscegoseoelefante.blogspot.com/.
Edvânea Maria (professora Formadora)