segunda-feira, 19 de outubro de 2009


O Embarque de Ana no Mundo Letrado


Sou a segunda filha de uma família de sete filhos. Meus pais, pessoas simples com pouca escolaridade. Meu pai era motorista particular e minha mãe do lar. Meus pais estudaram até a quarta série primária. O meu pai sempre gostou de ler, já a minha mãe não era muito da leitura.
A minha convivência com livros e revistas, iniciou dos três pra quatro anos de idade. Como eu sempre fui curiosa, abria as revistas e jornais que meu pai trazia para casa. Ainda lembro que ele gostava de ler as revistas “O Cruzeiro”, que eu folheava e muitas vezes perguntava o que estava escrito. Quando eu fiz cinco anos, fui matriculada no jardim da infância, nesta escola eu estudava em uma cartilha que para cada letra do alfabeto era representado por um animal. Em casa a minha mãe me ensinava a lição e muitas vezes eu esquecia. A professora que não era muito paciente batia a minha cabeça na parede. Certo dia quando a professora estava revisando os livros, percebeu que a minha cartilha faltava a página da letra “S”, ela me perguntou o que eu havia feito da página. Eu respondi que havia rasgado, pois tinha muito medo do sapo. Ela quase rasgou a minha orelha de um puxão. Só me alfabetizei aos dez anos quando já cursava a terceira série.
Já na adolescência , quando cursava a quinta série , gostava de ler gibis e alguns livros de contos de fadas. Leitura que até hoje gosto de fazer. Ainda na fase do ginásio eu fazia as leituras que a professora de Língua Portuguesa indicava a cada semestre, os chamados paradidáticos. No final dessas leituras a professora pedia para se preencher uma ficha de leitura que acompanhava o livro, e assim foi que li os clássicos da literatura brasileira, como: Helena, Iracema, Dom Casmurro, A Viuvinha e outros. Atividades completamente mecânicas.
No segundo grau as leituras eram voltadas pro vestibular. A professora indicava o livro e em determinada aula os alunos eram sabatinados. Eu achava a leitura chata e monótona.
Nesta época o que eu mais gostava de ler era as revistas Sabrina e Júlia, onde eu viajava para o Caribe, Egito e tantos lugares exóticos.
A escrita utilizada na escola era um treinamento de redação, tudo que o vestibular exigia.
Na faculdade iniciei pelos “Os Lusíadas” Luiz de Camões, li sem prazer, logo vieram “Os Sermões da Montanha” de Padre Antonio Vieira, os quais eu lia e me deliciava.
Atualmente leio uma diversidade de gêneros textuais, alguns para desenvolver atividades relacionadas à minha profissão e outros para me divertir e viajar como fazia na adolescência. E quando a leitura é boa eu indico para meus amigos e alunos.
Todo professor precisa gostar de ler, para se atualizar-se. O professor deve influenciar seus alunos, deixá-los curiosos e tentar desenvolver neles o hábito da leitura.
Todo professor precisa gostar de ler, seja para se atualizar ou se divertir. Ele necessita da leitura para influenciar seus alunos, deixá-los curiosos e desenvolver o hábito de ler.

Ana Maria Oliveira de Paula, nasci em Recife no ano de 1957.
Passei parte da minha infância no município de Ipojuca, onde iniciei os meus estudos. Em 1963 voltei a morar em Recife. Fiz o segundo grau e parti para realizar meu sonho de cursar uma faculdade. Até então eu não havia definido que carreira seguir.
Em 1980, finalmente decidi ser professora de Língua Portuguesa. Estudei na UPE conclui o curso em 1985. Nesta época eu já ensinava nas séries primárias de uma escola particular. Daí surgiu oportunidade para lecionar na escola pública. Atividade que até hoje eu faço com muito prazer.
Após alguns anos de sala de aula no município do Cabo de Santo Agostinho, fui agraciada com uma bolsa de estudos, para fazer pós- graduação em Avaliação em Língua Portuguesa na UFPE, (2000/2001).
Em 2003, iniciei minhas atividades com técnica em avaliação no Núcleo de Avaliação do Cabo de Santo Agostinho (NAEC). Também desenvolvo um trabalho de formação para professores, voltado à melhoria dos resultados das avaliações oficiais.

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